sexta-feira, 9 de abril de 2010

Curiosidades Sobre o Calendário

Mais uma sexta-feira.
Uhhh, tá passando rápido o tempo heim!
Falando nisso, hoje coloco para o deleite dos leitores deste site intelectual a origem dos nomes e algumas curiosidades sobre os meses do ano.



Janeiro: É o primeiro mês do ano nos calendário juliano e gregoriano. É composto por 31 dias. O nome provém do latim Ianuarius, décimo-primeiro mês do calendário de Numa Pompílio, o qual era uma homenagem a Jano, deus da mitologia romana. Júlio César estabeleceu que o ano deveria começar na primeira lua nova após o solstício de inverno, que no hemisfério norte era a 21 de dezembro, a partir do ano 709 romano (45 a.C.).



Fevereiro: É o segundo mês do ano, pelo calendário gregoriano. Tem a duração de 28 dias, a não ser em anos bissextos, em que é adicionado um dia a este mês. Já existiram três dias 30 de Fevereiro na história. O nome fevereiro vem do latim februarius, inspirado em Februus, deus da morte e da purificação na mitologia etrusca. Originariamente, fevereiro possuia 29 dias e 30 como ano bissexto, mas por exigência do Imperador César Augusto, de Roma, um de seus dias passou para o mês de agosto, para que o mesmo ficasse com 31 dias, semelhante a julho, mês batizado assim em homenagem ao Imperador Júlio César.


Março: O mês de março é o terceiro mês do ano no calendário gregoriano e um dos sete meses gregorianos com 31 dias. O seu nome deriva do deus romano Marte.


Abril: É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do Latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão. É por esta razão que surgiu a crença de que os amores nascidos em Abril são para sempre.


Maio: É o quinto mês do calendário gregoriano e tem 31 dias. O seu nome é derivado da deusa romana Bona Dea da fertilidade. Outras versões apontam que a origem se deve à deusa grega Maya, mãe de Hermes.


Junho: É o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome é derivado da deusa romana Juno, mulher do deus Júpiter.


Julho: É o sétimo mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a duração de 31 dias. Julho deve o seu nome ao imperador romano Júlio César, sendo antes chamado Quintilis em latim, dado que era o quinto mês do Calendário Romano, que começava em Março. Também recebeu esse nome por ser o mês em que César nasceu.


Agosto: Do latim Augustus, é o oitavo mês do calendário gregoriano. É assim chamado por decreto em honra do imperador César Augusto. Este não queria ficar atrás de Júlio César, em honra de quem foi baptizado o mês de julho, e, portanto, quis que o “seu” mês também tivesse 31 dias. Antes dessa mudança, agosto era denominado Sextilis ou Sextil, visto que era o sexto mês no calendário de Rômulo/Rómulo (calendário romano).


Setembro: É o nono mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a duração de 30 dias. Setembro deve o seu nome à palavra latina septem (sete), dado que era o sétimo mês do Calendário Romano, que começava em Março. Na Grécia Antiga, Setembro chamava-se Boedromion.


Outubro: É o décimo mês do ano no calendário gregoriano, tendo a duração de 31 dias. Outubro deve o seu nome à palavra latina octo (oito), dado que era o oitavo mês do calendário romano, que começava em março. Uma curiosidade é que outubro começa sempre no mesmo dia da semana que o mês de janeiro, quando o ano não é bissexto.


Novembro: É o décimo primeiro mês do ano no calendário gregoriano, tendo a duração de 30 dias. Novembro deve o seu nome à palavra latina novem (nove), dado que era o nono mês do calendário romano.


Dezembro: É o décimo segundo e último mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a duração de 31 dias. Dezembro deve o seu nome à palavra latina decem (dez), dado que era o décimo mês do Calendário Romano.




Curiosidade sobre o calendário:



Embora não houvessem comunicações e nem os povos antigos conhecessem outros modelos mais precisos para a contagem do tempo, foram os calendários mais simples como a lunação e os sete dias da semana que permitiram aos historiadores refazer em tempo real todos os eventos históricos.



Fontes: Nova Enciclopédia Barsa e Wikipedia (a enciclopédia livre)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Para muitas meninas com suas flores




Eu vou, mas eu volto! Dessa vez quem me trouxe aqui foi um santo, um tal de Antonio. 12/06, corações in love ou não, se dão conta de que o amor pode ser mais do que uma promessa de caminhar juntos. Caminham.


O post de hoje vai pros corações que acreditam, que teimam em acreditar, mas também vai para os corações que nao acreditam mais no amor.


De presente, vai um video lindo que leva em uma voz poderosa os versos de uma das minhas primeiras paixoes: Vinicius de Moraes. Pra mim, vai ser pra sempre VINA. O Velho Vina.


terça-feira, 12 de maio de 2009

Batendo a porta




Batendo a porta é uma parceria do cantor e compositor Joao Nogueira com o muito bom letrista Paulo Cesar Pinheiro. Foi na voz do proprio cantor que a musica foi imortalizada. O eu lirico é um homem diante da mulher [a ingrata... rs! Figura fascinante do samba carioca] que volta a procurá-lo. Ela o deixa, como a faceira de Ary, por uma vida melhor fora da favela. Arrependida ou nao, o fato é que ela torna a procura-lo e ele orgulhoso tenta se mostrar mais forte do que o desejo de ceder.


A música é linda e tem algumas passagens sublimes de delicado rancor muito bem disfarçado como nos versos "pode entrar/A casa é sua/Mas nao repare a casa humilde/ Que voce trocou por um solar".


A imagem da mulher interesseira é recorrente, a figura da mulata que desce o morro e busca ascençao social tendo como mérito o corpo estonteante. No filme Xica da Silva (Carlos Diegues, 1975, Br), a personagem titulo seduz o contratador Joao Fernandes que a compra do seu dono e este e o filho choram num porre a dor da ingratidao da escrava que abandona 'os carinhos' de ambos. A cena é antológica!


Em outro filme do Diegues, ORFEU DO CARNAVAL, de 1998, há uma cena onde a tia de Euridice conta a ela sobre a rainha de bateria que ensaia na quadra da Academicos do Morro da Carioca. Ela também deixou a favela para morar num 'solar'. A personagem de Isabel Fillardis será a proxima a descer, assim que o carnaval acabar. Pelo menos é no que ela aposta.


Mas voltando a musica do Joao e PC, o lindo samba fala dessa mulher fascinante e fiquemos agora com o video de uma apresentaçao do Joao Nogueira no Pelourinho.






Como é que vai?

Saúde boa?

Não foi à toa que você mudou daqui

Pra melhorar

Mas pode entrar

A casa é sua

E não repare a casa humilde

Que você trocou por um solar

Pode sentar

Fique à vontade

Te deu saudade de um amor

Que infelizmente já não há

Pode falar

Pode sofrer

Pode chorar

Porque agora você não me ganha

Eu conheço essa manha

E não vou me curvar, mas

Pode tentar

Pode me olhar

Pode odiar

Pode até sair batendo a porta

Que a Inês já é morta do lado de cá.

domingo, 10 de maio de 2009

Fosse eu rei do mundo...

Quanto tempo, ne? Aposto que estavam roxos de saudade... rs! Eu tbm.
Entao, apareci pra fazer a minha homenagem ao dia das Mães. Dizem que dia das maes deve ser todos os dias, mas o cotidiano e a ideia de que mãe é pra sempre faz com que muitas vezes deixemos de tornar explicito o nosso amor por elas.

Só que tem um porém... mãe sabe quando é amada. Pergunte a cada uma delas e você verá.

E porque mãe nao é pra sempre, a homenagem de hoje vai para aquelas que já cumpriram 'a profecia do beato que dizia que' mãe vira estrela. Mãe nao morre, mãe vai brilhar em outro lugar com a benção do Nosso Senhor.

E fica daqui um beijo em quem carrega dentro do peito uma saudade com três letras.


Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.


Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

- mistério profundo -

de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.

[PARA SEMPRE - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE]

Mães: Dalva, Marisa, Gloria, Lucia, Lucimara, Lindinalva, Rosangela, Bruna, Anne, Rejane, Luciane, Rosa, Paula, Flavia, Luciana, Rita, Adriana, Norma, Aluonir, Beatriz, Jacira, Maria, Irene, Jandira, Thilda, Sonia, Elza, Ivanilde, Celeida, Indiana, Fatima, Rosalia, Eli, Solange, Vania, Vera, Denise, Sandra, Riselane, Margarida, Lourdes, Florise...

domingo, 8 de março de 2009

As Mulheres e o Samba




Já disseram, e foi Vinicius de Moraes quem disse, que o samba é a tristeza que balança. Se ele é triste, muito provavelmente, o é por causa de uma mulher. Ainda que no universo do samba seja reduzido o número de compositoras e o número de cantoras seja relativamente grande, foi, de fato, como personagem de sambas que a mulher conseguiu seu lugar de destaque.



Há inúmeros sambas falando da mulher ingrata, da que abandona o homem pra 'vadiar' e também daquela que troca de amores ou mesmo nunca foi de ninguém. Há também a mulher a ser exaltada e alguns casos de mulheres como primeira pessoa do discurso. Durante algum tempo vamos falar delas. Conhecê-las por meio de algumas poucas canções feitas em sua maioria por homens. Vamos descobrir que sem a mulher o samba nao seria metade do que ele é hoje.



Começaremos por um samba de Ary Barroso chamado FACEIRA que retrata a saudade do eu-lirico pela mulher que vivia de fazer visagens e passar rasteira. Ela sai do morro pra viver na cidade deixando em seu lugar apenas saudade.



Consta no DICIONARIO CRAVO ALBIN DA MUSICA POPULAR BRASILEIRA que a primeira gravação da musica foi pelo autor, tendo sido tanbém gravada por cantores famosos de diversas épocas, como Silvio Caldas (1953) e a mais recente por Marcelo Guima (2002). Uma das versões que considero mais bonita é a de Rosa Passos [acompanhada pelo violão de Lula Galvão] (1997).



Foi num samba de gente bamba

Ô gente bamba

Que eu te conheci, faceira

Fazendo visagem

Passando rasteira

Que bom, que bom, que bom

E desceste lá do morro

Pra viver cá na cidade

Deixando os companheiros

Quase loucos de saudade

Linda criança

Tenho fé, tenho esperança

Que algum dia hás de voltar

Direitinho ao teu lugar


PS: Como em um outro especial, este também será ilustrado e terá um padrinho. As imagens que serão usadas sao do cartunista Lan.
Lan, com humor ácido, ficou celebre também por desenhar mulatas, sua paixão. Italiano que chegou criança ao Brasil, disse certa vez que ficou fascinado com as mulatas. Acostumado a mulheres de tez clara, ele se 'apaixonou' por uma que foi sua babá. Anos mais tarde se casou com uma mulata legitima.

Carybé, argentino radicado em Salvador, já falecido, que ficou célebre pintando baianas disse certa vez que Lan havia inventado as mulatas. Como 'inventor' das mulatas ele será o padrinho da nossa serie! Viva Lan! Viva as mulatas! Viva as mulheres! Viva o samba!
A série começa no dia 08/03 - Dia Internacional das Mulheres - pra ver se dá samba... rs!

08/03 Dia Internacional das Mulheres




No tempo em que a maçã foi inventada
Antes da pólvora, da roda e do jornal
A mulher passou a ser culpada
Pelos deslizes do pecado original.
Guardiã de todas as virtudes
Santas e megeras, pecadoras e donzelas
Filhas de Maria
Ou deusas lá de Hollywood
São irmãs porque a mãe natureza
Fez todas tão belas.
Oh, mãe! Oh, mãe!
Nossa mãe abre teu colo generoso
Parir, gerar, criar e provar
Nosso destino valoroso
São donas de casa
Professoras, bailarinas
Moças operarias, prostitutas meninas
Lá no breu das brumas,
Vem chegando a bandeira
Saúda o povo e pede passagem
A mulher brasileira.

(Mulheres do Brasil - Joyce)



A homenagem pra gente hj vem nos versos da bela canção de Joyce. Parabéns às mulheres do mundo porque "parir, gerar, criar e provar é nosso destino valoroso"


PS: A imagem usada pra ilustrar o post é um quadro do artista colombiano Fernando Botero que ficou célebre nos anos 90 por retratar pessoas acima do peso em seus quadros.