quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A VIDA NO BOTECO - III


[Tirinha - Zé do Boné]

Bem, voltemos aos dramas da VIDA NO BOTECO.

Embora hoje tenhamos mulheres e homens frequentando botecos, alguns até voltados ao público feminino, o boteco é por excelência um locus masculino. Ainda que alguns defendam que apenas no imaginário.

O fato é que a cultura urbana brasileira criou pra mulher um papel/imagem [estereótipo] qdo o assunto é bar... cabe a mulher, reclamar. Ela reclama e reclama por nada.

O bar seria um adversario da mulher, compete com ela em atenção, fora que é lá que o marido/traste/peça/porcaria/... vai gastar dinheiro do mês. A mulher que se opõe ao bar é descrita como a rabugenta.

Cá, escrevendo, veio me a memória RONDA do Paulo Vanzolini, no qual a oposiçao mulher de casa e mulher da rua, tem o bar como cenário e o que é interessante, é que no bar nao rola nada demais senão amenidades.

De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares
Você não está
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está
Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste, esta busca é inútil
Eu não desistia
Porém, com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho
Jogando bilhar
E neste dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar
Da avenida são joão


Vale lembrar também de uma outra música A HISTORIA DE LILI BRAUN do Chico com Edu Lobo, que narra a história de uma moça retirada do dancing e trancada em casa. Nunca mais romance.

Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom

Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de pose em pose
Fui perdendo a pose
Até sorrir feliz

E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando flou

Como no cinema
Me levava as vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues

Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buque
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turne

Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A MORAL DO PASSARINHO!

Oi povo, como estão nessa segunda-feira (de sol para vocês?...aqui está)
Depois de amanhã é véspera de Natal, então desejo tudo de bom para cada um de vocês, os que comemoram o Natal e os que não comemoram (eu inclusa...)

Essa é uma histórinha antigaaaa que meu pai me contava qdo eu era bem pequena...e como ele tá bem longe de mim hoje em dia, vou lembrar dele postando esse texto

"Um passarinho estava voando, só e tranqüilamente, quando, sem que percebesse, adentrou por uma região muito fria. Algum tempo depois, começou a nevar e o passarinho não conseguia mais manter-se voando. Aterrissou numa fazenda e, quando já estava quase morto, de tanto frio, apareceu-lhe a salvação da sua vida: uma vaca que por ali passava parou ao seu lado, deu uma senhora cagada, envolvendo todo seu corpo de merda. como resultado disso, o sangue do passarinho recomeçou a circular normalmente... e a vida do passarinho lentamente normalizou-se.por ver-se livre da morte, o passarinho começou a piar e a cantar de alegria, estridentemente. o barulho atraiu um gato que se encontrava próximo... e o gato matou e comeu o passarinho.moral da história 1:nem sempre quem caga na sua cabeça quer o seu mal ou nem sempre uma cagada na sua cabeça lhe fará mal.moral da história 2: não cante vitória antes da hora.moral da história 3: não pie, não cante , não chie, mesmo estando no meio da merda.moral da história 4: nem sempre quem te tira da merda é seu amigo."

VIDA NO BOTECO - II




Falando de vida no boteco, segunda feira é dia de quê?
Ressaca. Então hoje falaremos da musa das ressacas: RÊ BORDOSA.

Criada em 1984, ela foi assassinada em 1987 pelo seu autor [Angeli], no auge do seu sucesso. A personagem, rainha das 'porra locas' vivia 'mergulhada' nos dramas existenciais de uma mulher na casa dos 30 anos, com uma vida regada a álcool, sexo, cigarro, drogas e noites mal-dormidas.

O material humano com o qual a personagem foi construída é tão sincero, que hoje, mesmo passado 21 anos da sua morte, ela ainda resiste. Seus dramas e questões, a sua relação com os homens... tudo faz com que a personagem ainda hoje seja verossimil.

Contudo, ela vai voltar. Ao menos no cinema, faz dois anos que ela roubou a cena como coadjuvante no filme de OTTO GUERRA chamado WOOD & STOCK: SEXO, OREGANO E ROCK'N ROLL, agora, ela será protagonista de DOSSIÊ RÊ BORDOSA [Cesar Cabral], uma animação em slow motion que investiga o assassinato da personagem.


http://www.dossierebordosa.com.br/

sábado, 20 de dezembro de 2008

A VIDA NO BOTECO - I


[Bar Diagonal no Leblon - Foto recuperada da net. Nota: O bar nao existe mais]

Bom dia, pessoas!

Estava aqui pensando em quem poderia abrir a nossa primeira série e acho que encontrei um bom nome: JOÃO UBALDO RIBEIRO.

Pra quem nao souber, João [A vida no boteco pede intimidade... rs!] é baiano de nascimento da Ilha de Itaparica (23/01/1941), embora tenha passado a infância em Sergipe, retornou a Salvador na adolescência com a família. O devorador de livros na infancia se tornou um célebre jornalista, cuja carreira começou em 1957 no JORNAL DA BAHIA. Formado em Direito, nunca exerceu a profissão de advogado. Entre indas e vindas, antes de fixar residência na cidade do Rio de Janeiro, Joao ainda morou nos EUA e Portugal, a estudo e trabalho(acadêmico).

Entre livros editados e adaptados para o cinema e a TV, destaco aqui as crônicas de domingo publicadas no jornal O GLOBO. Meu primeiro contato com elas foi em meado dos anos 90', onde o autor por meio dos dramas de seus personagens masculinos envolvia os leitores nas questoes cotidianas de homens adultos cariocas, que são na verdade dramas universais.

A minha sensação como leitora era a de quem fazia silêncio na mesa ao lado, pra ouvi-los falar de mulheres, amigos, chifres de amigos, dramas pessoais... tudo com uma leveza e bom humor convidativa ao fuxico.

Foi lendo João que descobri que o boteco está para os homens, assim como o banheiro feminino está para as mulheres.

NOTA: Na dificuldade de encontrar uma das crônicas de João a que me referi no texto acima, optei por postar um video do youtube, cujo breve depoimento dele caberia como uma confissão numa mesa de bar. O video foi extraído do documentario JANELA DA ALMA [Joao Jardim & Walter Carvalho]. A fala está por volta do 3ºminuto e 15ºseg.

br.youtube.com/watch?v=n7qmqFboXCY"


NOTA 2: Fiquei tao feliz q resolvi deixar o João como padrinho da série...rs!

Cultura de Boteco: A VIDA NO BOTECO

Petiscos bem feitos, clima despojado, excelente companhias, cerveja estupidamente gelada e um bom papo são os ingredientes que fazem parte da boa cultura de boteco.

O boteco é mais do que um lugar para beber, ele é templo. Templo de celebração da amizade. Ele é por definição um lugar de culto profanamente sagrado. Suas questões são as do cotidiano.

Nele, mesmo só, ninguém está sozinho. Para o boteco, levamos as lembranças. O aparente solitário, na verdade, brinda com fantasmas.

A partir de hoje inicio uma série, cujo tamanho ainda não sei, mas que vai celebrar a vida no boteco. O objetivo é trazer textos, imagens, músicas, vídeos, links... tudo cuja temática seja A VIDA NO BOTECO.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O Rei da Festa Anos 80

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=3374651595392695905

I Festa da EPER Bar & Festa - Anos 80


Os anos 80 começam inspirados pelo auge da música "disco" do Filme "Embalos de sábado à noite". Reflorescem o glamour da noite e o charme do excesso e do brilho, deixando para trás o estilo hippie dos anos 70. A "imagem" era a forma de expressão dessa década e a moda foi uma das alternativas para transmitir o que se pensava. Abusar de um visual extravagante e descontraído era comum naquela época. Moda era uma forma de experiência, com pesquisa de novos tecidos, como o strech. "Era uma material super novo, tanto jovial quanto básico. Todo mundo brincava um pouco nessa época. Boas referências de "looks" femininos da época são: Madonna, Xuxa, Cindy Lauper e Viúva Porcina. Com relação à moda masculina, o jeans predominava, com influências futuristas no uso da napa, do brilho. O filme Blade Runner foi um dos ícones da década, com pontuação na moda. Mochilas da Company foram uma febre em Juiz de Fora, assim como usar tênis de duas cores: amarelo com preto, amarelo com azul, verde com preto.

A EPER Bar & Festa num rítimo nostálgico, homenageia essa década com uma bela festa. Basta conferir no link:


http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=77218153&tid=5280267462835669909&start=1

À Caça do 7° anjo.

Pessoas,

Pra puxar conversa nessa mesa de bar/boteco/pé sujo eu trago uma figura ímpar: O ANJO.
O correto seríamos dizer ANJOS, porque o termo é polissêmico. Se é verdade que eles não têm sexo [Há quem se recuse discutir o sexo deles, mas cultura de bar é isso], não se pode negar que ao falarmos de anjos estamos falando de diferentes seres etéreos. Então para brincarmos, eu trago parafraseando o ANJO do Drummond, mais cinco anjos da musica e poesia brasileiras:

POEMA DE SETE FACES (C. Drummond):

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

LET'S PLAY THAT (Torquato Neto/Jards Macalé)

Quando eu nasci
um anjo louco muito louco
veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco, torto
com asas de avião
eis que esse anjo me disse
apertando minha mão
com um sorriso entre dentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes

ATÉ O FIM (Chico Buarque)

Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
Inda garoto deixei de ir à escola
Caçaram meu boletim
Não sou ladrão, eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em Quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, minha mula empacou
Mas vou até o fim
Não tem cigarro, acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim?
Eu já nem lembro pr'onde mesmo que vou
Mas vou até o fim
Como já disse, era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu tava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

ANJO DE FOGO (Alceu Valença)

Um anjo de fogo endemoniado
Que vai ao cinema, comete pecado
Que bebe cerveja e cospe no chão
Um anjo caolho que olhou os dois lados
Dormiu no presente, sonhou no passado
Olhou pro futuro e me disse que não

COM LICENÇA POÉTICA (Adélia Prado)

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.


POEMA DO ARCANJO TORTO (Gabriel Bicalho)

Quando nasci
ganhei nome de arcanjo
minha mãe me adorava
e (eu de berço) ordenou-me:
vá gabriel
ser feliz nesta vida!
dei-lhe tão pouco de ouvido:
poetinha atrevido
vagabrielei pelo mundo
vasto e imundo
como inútil raimundo
do gauche drummonddeandrade
êta vida b*sta:
do jeito que o diabo gosta!
mas se Deus permitir
alguma felicidade
ainda posso fingir
ser feliz de verdade!

Desafio: Pessoas, temos aqui seis poemas (letras de música) que parafraseando Drummond já acharam 6 anjos... 7 é número cabalístico. Quem se atreve a achar o sétimo? Vale uma noite no paraíso... rs!

Garçom, traz mais um copo...

Bom dia/tarde/noite, pessoas!

Uma Mamãe Noel ruiva me deu de presente mais um canal pra perturbar vocês... rs! [Ela gosta muito de mim, mas pouco de vocês... rs!]

A partir de hoje sou colaboradora do CONVERSAS DE BOTECO e tenho como tarefa botar água no chope de todos com papo chato (brincadeira... rs!).

Enfim, vamos por fim nesse papo e brindar logo.
- "Um chope escuro por favor!"

Desinventando o som: Ja que o tema do primeiro post foi 'chegada', vamos de FESTA DA VINDA, do Cartola, com o Bruno Sales.






http://br.youtube.com/watch?v=uI_o8dHK8LQ

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Você teria coragem de comer algo tão... tão... fofo!











Já pensou você numa mesa do bar ou do restaurante e o garçon te traz em um petisco, um almoço diferente: comer seu personagem ou anime favorito? Feito com arroz, legumes, ovos, carne, peixe e vegetais, porém trabalhosamente feito nos mais variados formatos. O autor dessa obra é o flickeiro Kickinthehead. Segundo ele, é uma forma de presentear sua namorada. São várias as formas criadas por ele, como Wall-E, Yoshi e Pikachu. Dá até pena de comer!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O que eles pensam...




uiiiiiiiii...




Eles pensam!


(Bom, na realidade eles pensam, que pensam.)


Tentando usar um pouco de sabedoria popular e a boa e velha matemática, querem provar que Mulheres = Problemas
Passando a limpo o rascunho:
HIPOTESE: MULHER = PROBLEMA
- Para se ter mulher, tem que ter tempo e dinheiro;Matematicamente falando temos:Mulher = Tempo X Dinheiro (1)(é vezes devido ao e de tempo e dinheiro , seria + se fosse: tempo ou dinheiro)
- “Tempo é Dinheiro”:Portanto Tempo = Dinheiro (2)
Substituindo em (1) -> Mulher = Tempo X Dinheiro
Temos Mulher = Dinheiro² (3)
-”Dinheiro é a raiz de todos os problemas”:
Portanto: Dinheiro = Raiz(Problema) (4)
- Substituindo (4) em (3) temos:
Mulher = Raiz(Problema)²
Conclusão: Mulher = Problema
Provado!
Se a formulação os as contas estiverem erradas ou possíveis detalhes a serem corrigidos, por favor matemático, mestres e doudores de plantão conto com a colaboração de todos.
Então, se depois que você casou sua vida começou a virar um “problema”, fique mais conformado o culpa não é sua. E sim da matemática! rs
uiiiiiiiiiiiii...
Será que conseguiram?!









quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

1ª CDB com Bergkamp, Connery e Cap. Nascimento

Galera EPER Bar & Festa


“Cada pessoa que passa na nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa pela nossa vida passa sozinha, não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.” (Charles Chaplin)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008



No "CONVERSA DE BOTECO", contaremos a presença de personalidades do mundo EPERiano para um bom papo. Bom... o que se conversa em boteco? Simplesmente de tudo! A galera vai ao boteco para afogar as mágoas de um amor perdido até para discutir política. É lá que você encontra os melhores técnicos de futebol, os políticos mais honestos e por aí vai. O encontro entre EPERfeitos na Conversa de Boteco será com direito a frases conscientemente irresponsáveis, interrupções dos nossos membros com perguntas e opiniões, risadas, e quem sabe até algumas doses de pornografia inofensiva. Mediada pelos moderadores da Eper Bar & Festa, teremos papos entre pessoas incríveis. Veremos aqui se eles são mais boêmios do que intelectuais.